Eclipse Hunter - Volume 1, Capítulo 1 [Parte 2]

Tradução: Cronya // Revisão: Ryuu

Isso foi a seis anos. Desde então, Devon fez o mesmo pedido de novo e de novo. Foi diferente dos pedidos normais que uma criança faria, ele não estava pedindo aos pais outra criança, porque Devon já tinha uma irmão menor. Um muito fofo. Quando eles eram pequenas, ele costumava adorar apertar as bochechas da criança até ele começar a protestar. De alguma forma, ele nunca foi capaz de entender de verdade como o seu pai pôde vir a odiar tal criança fofa.

Por que sei pai recusou-se a reconhecer a existência de seu irmãos mais novo? Isso não foi até ele ser mais velho que Devon percebeu aquela expressão que seu pai sempre usou na presença da criança que era seu ódio. Até mesmo a nanny responsável pelo seus cuidados estava ali exclusivamente para ganho monetário. Então era inteiramente para Devon dar à criança o amor e cuidados que precisava.

Qualquer outra criança teria sido má com o seu irmão enquanto disputam pelo carinho dos pais. Mas a situação de Devon era diferente. Era óbvio que seu pai odiava seu irmão mais novo e ainda desencorajava Devon a vistá-lo. Ele era um tabu entre a família e nunca esteve presente em nenhuma foto de família.

A nanny também estava ciente que o pai detestava a criança e nunca se atreveu a tirá-lo do quarto. E assim, Daren Solaris viveu nesse sotão desde que se consegue lembrar. Já que seu pai era amante de antiguidades, ele projetou sua casa numa imagem de um castelo. Então o sotão estava muito longe do salão principal.

Devon não podia mais lembrar por quê ele andava todo o caminho de volta logo depois. Sua única vaga lembrança era um choro alto de bebê o levando a escadaria, e por uma porta de madeira. A sala era escura e o interruptor de luz não podia ser encontrado. Os choros vindo do quarto eram incessantes e Devon estava muito assustado na hora. Ele sentiu algo puxando sua calça e o barulho repentinamente parou.

Alarmado, Devon jutou a coisa e o choro retornou. Ele rapidamente recuou para parede atrás dele e esbarrou no interruptor de luz. Enquanto a sala ficava iluminada, ele encontrou si mesmo olhando para um bebê chorando em voz alta, com um enorme machucado na testa.

Obviamente, essa criança era quem estava puxando sua calça, e o machucado foi resultado do chute de Devon.

Devon preocupada enquanto corria para o bebezinho para checar se ele estava bem. Pelo o que ele tinha aprendido, bebês são normalmente muito frágeis. No momento em que ele estendeu suas mãos para o bebê, ele parou de chorar. Grandes olhos marejados encararam para ele e a criança murmurou enquanto duas mãos minúsculas o agarravam.

Que mãos pequenas, Devon pensou. Em seus próprios dez anos de idade ele sempre achou as mãos de seu pais enormes comparada as dele mesmo. E ainda, comparado à criança em sua frente, sua própria mão parecia grande.

O bebê de repente puxou o polegar de Devon até sua boca e começou a sugar o máximo que ele conseguia.

Fome? Infelizmente você não vai conseguir pegar leite não importa o quanto tente. Ele não sabia se deveria rir ou chorar nessa situação ridícula.

Impotente, começou a procurar pela sala leite em pó e quando encontrou, começou a preparar leite para a criança. Ele falhou várias vezes. O leite ou estava muito quente ou não colocara leito em pó suficiente, fazendo com que o bebê chorasse muito alto. Com o tempo ele teve sucesso, o bebê estava faminto. Ele segurou a garrafa com suas mãozinhas e bebeu avidamente enquanto olhava diretamente para a pessoa que o segurava com seus olhos inchados.

Finalmente, depois de duas garrafas inteiras de leite, o bebê ficou satisfeito e seus grande olhos marejados lentamente ficaram pesados no abraço de Devon. Ele tentou colocar o bebê na cama, mas quando ele deixou o bebê começou a chorar. Sem outra escolha, ele ficou ao lado da cama e sacrificou um dedo para as mãos pequenas do bebê segurar. E assim o bebê finalmente caiu no sono pacificamente.

Foi aí que Devon começou a pensar que esse bebê deveria ser seu irmão mais novo. Aquele que sua mãe morreu ao dar à luz, e era odiado pelo pai. Devon também deveria sentir ódio por essa criança.

Contudo, admirando o pequeno bebê em seu sono pacífico e sentindo um firme aperto em seu dedo, Devon pôde apenas pensar da criança como a mais inocente ser na terra. Mesmo sem ninguém lhe dizer, Devon sabia que deveria valorizar seu irmão mais novo.

"Didi, você tem que rapidamente aprender a me chamar de 'gege'."

Devon estava muito exitado pensando que a pequena criatura o chamaria de irmãos mais velho. Com certeza, seu desejo viraria realidade. Em algum momento no futuro, sua primeira palavra que o bebê pronunciaria não seria o "mama" ou "papa" de normalmente, mas "gege".

Desde sua descoberta, Devon frequentou o sótão quase todos os dias para brincar com seu irmão mais novo por pelo menos uma hora. Seu pai desaprovava mas havia pouco que ele podia fazer contra a persistência de Devon.

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